"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

SINTE/SC: Nota de esclarecimento sobre suspensão da Assembleia do dia 28/04

O SINTE/SC vem, através desta, mais uma vez, esclarecer aos trabalhadores/as em educação do Estado de Santa Catarina sobre as razões pelas quais a Executiva Estadual da entidade deliberou por suspender a Assembleia Estadual do dia 28 de abril, dia da Greve Geral Nacional, convocada pelas Centrais (CUT, Intersindical, CONLUTAS, UGT e CTB) e Movimentos Sociais, com o objetivo principal de parar tudo e dar prejuízo ao “capital”, o que conseguimos, fechando estradas e o comércio, por exemplo.
Pois bem, passado o dia da greve, lembrando que o SINTE/SC participa ativamente do Fórum de Luta em Defesa dos Direitos, que reúne várias entidades sindicais, cabe ressaltar que sabíamos antecipadamente das atividades que aconteceriam na Greve Geral, como fechamento de BRs e paralisação do transporte coletivo, em várias cidades, pois estávamos também à frente dessa organização essencial para o sucesso da greve. Em Florianópolis, local onde aconteceria a Assembleia, 100% dos ônibus pararam por 24 horas, o que já inviabilizaria a participação de muitos/as trabalhadores/as da Capital.
Partindo para o interior, grande parte das nossas Regionais também estava à frente das mobilizações em seus municípios, não sendo possível para as mesmas se deslocarem à Capital. O SINTE/SC, ao aderir a greve geral, tem responsabilidades, ao convocar sua categoria, a maior do Estado, diga-se de passagem, e submeter os/as trabalhadores/as a longas viagens, ou quilômetros de congestionamentos, sendo que o movimento pedia GREVE GERAL, ou seja, parar a produção e os serviços seria, no mínimo, incoerente.
Os fatos: De acordo com notícia publicada no site da CUT/SC, as mobilizações não ficaram concentradas somente nas grandes cidades, pois vários pequenos municípios fizeram atos e atividades, ou tiveram alguma categoria paralisada. Nem bem o dia tinha clareado, estradas importantes do Estado foram bloqueadas pelos trabalhadores e trabalhadoras. Foram cerca de 25 bloqueios, em várias regiões de Santa Catarina. Em Florianópolis, vias que dão acesso ao norte e ao sul da ilha catarinense foram bloqueadas. A principal entrada da Capital, a BR 101, tida, pelos policiais rodoviários, como o “coração da BR no Estado”, também foi tomada por manifestantes por uma hora e meia.
O oeste foi a região que teve maior registro de trancamento, pois foram 11 rodovias bloqueadas, com concentração nas cidades de Quilombo, Arvoredo, Concórdia, São Carlos, Maravilha, Dionísio Cerqueira, Abelardo Luz, Xaxim, Saltinho, Águas de Chapecó, Faxinal dos Guedes e Planalto Alegre.
No sul do estado, houve trancamento da ponte que dá acesso à cidade de Tubarão, além de mais três trancamentos na BR 101, nas cidades de Sombrio, Criciúma e Araranguá. Em Laguna e Santa Rosa do Sul, também houve fechamento de rodovias.
No norte, houve trancamentos no trevo industrial na cidade de Joinville, da rodovia estadual em Araquari, da BR 470, em Blumenau, e, junto com um grupo de indígenas, sindicalistas fecharam também a rodovia que dá acesso à cidade de Jaraguá do Sul.
Sendo assim, porque retirar, em alguns casos, as principais lideranças desses movimentos regionais, em prol de uma Assembleia que poderia ser realizada em outra data? Pensamos que esta foi uma decisão sensata, e que deu certo. Contamos com o apoio da maioria das 30 Regionais da entidade.
Outro fato não menos importante se refere aos funcionários da entidade, na Estadual e nas Regionais, convocados por seu Sindicato, o SINDES, que também aderiram à greve, com respaldo do SINTE. Ora, defendemos a greve geral, mas colocamos nossos próprios funcionários no trabalho, pois apenas com eles organizamos uma Assembleia Estadual. A mesma regra valeu aos demais trabalhadores, como motoristas, que teriam que ficar à disposição das Regionais, nos ônibus fretados, estes que também foram impedidos de entrar na cidade, por conta dos bloqueios. Afinal, o direito à greve não é igual para todos/as?
Repudiamos os discursos de uma minoria, que afirma que fomos na contramão do movimento, ou que não respeitamos uma decisão de Assembleia. Não aceitamos, na atual conjuntura em que vivemos, um discurso que prega a divisão da categoria. A determinação desta Executiva foi exatamente ao encontro do movimento nacional, pois não era dentro de um Centro de Eventos que iríamos fazer parte da vitoriosa Greve Geral dos/as trabalhadores/as, esta, que só foi possível com a unificação da luta, com cada município fazendo seu protesto, seu ato, sua passeata, paralisando rodovias por todo Brasil.
Mesmo assim, como instituição democrática, o SINTE/SC respeita as opiniões contrárias. Entretanto, há de se pensar que estamos sofrendo o maior ataque aos direitos da classe da trabalhadora, e que agora não é momento de disputas políticas internas, e, sim, de unificação da luta, para derrubar as Reformas deste governo golpista.
Aproveitamos para parabenizar a todos/as os/as trabalhadores/as em educação, que pararam suas escolas, no dia 28/04, e foram às ruas, na maior Greve Geral do Brasil, quando mais de 40 milhões aderiram ao movimento.
O SINTE/SC estará sempre à frente da defesa dos direitos do magistério catarinense, bem como junto às demais categorias, porque apenas unidos teremos chances de manter nossos direitos conquistados com muito sangue, suor e lágrimas ao longo da história.

 DIRETORIA EXECUTIVA DO SINTE/SC

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