"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Manifestação em Brasília contra Governo Temer repercute na ALESC

(Texto: Ludmilla Gadotti - Foto: Eduardo G. de Oliveira/Agência AL)

O tumulto ocorrido no protesto intitulado Ocupa Brasília, na quarta-feira (24), pela saída de Michel Temer (PMDB) da presidência da República, ganhou repercussão no plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina durante a sessão ordinária desta quinta-feira (25). A mobilização organizada pela Frente Brasil Popular, com apoio de movimentos sociais e sindicais, teve como objetivo protestar contra as reformas da previdência e trabalhista, além de reivindicar a realização de eleições diretas antecipadas.
Houve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar do Distrito Federal, pessoas feridas e depredações na Esplanada dos Ministérios.  No período da tarde, Temer autorizou a atuação das Forças Armadas para conter as manifestações, garantir a segurança e proteger prédios públicos.
Os deputados Dirceu Dresch (PT) e Cesar Valduga (PCdoB) voltaram a criticar as medidas tomadas pelo governo Temer e a defender eleições diretas para a Presidência. “Temer quer reatar um antigo modelo político de desconstrução. Em uma manobra desastrosa de artificializar normalidade, ontem convocou o Exército para sitiar Brasília para a votação de medidas no Congresso que nunca foram debatidas pela sociedade. Não podemos ficar alheios ao que acontece em Brasília. Nosso povo clama para que Temer saia. Não existe outro caminho que não as eleições diretas”, disse Valduga.
Dresch comentou que estava entre os mais de 100 mil manifestantes na capital federal. “Acompanhei a mobilização, ela foi extraordinária. As centrais sindicais estavam juntas pela retomada da democracia, com eleições diretas. Esse é o caminho para retomar o desenvolvimento do país. Os gritos de ordem eram ‘Fora Temer’ e ‘Nenhum direito a menos’. Esse governo enlameado de corrupção quer empurrar goela abaixo reformas que prejudicam o trabalhador.”
Os parlamentares se manifestaram, ainda, sobre os atos de vandalismo registrados durante o protesto. “A prática de depredação feita por pessoas infiltradas não desmerece o ato. Delinquentes se aproveitaram da situação”, falou Valduga. Dresch fez questão de relatar o que presenciou. “Estive lá desde o primeiro momento, em que os participantes chegaram à Esplanada dos Ministérios. A polícia foi truculenta demais. Na primeira chegada já jogaram gás lacrimogêneo, e muito. Não precisa ser assim. Isso causou grande revolta. Fizeram um cerco muito forte aos congressistas e ao presidente golpista, ficamos há mais de mil metros de distância”, contou. “Os vândalos não eram do movimento. Essa meia dúzia de infiltrados não pode tirar o brilho dos mais de 100 mil manifestantes que foram lá defender direitos conquistados a duras penas”, complementou.
O deputado Antonio Aguiar (PMDB) também se pronunciou sobre as manifestações contra Michel Temer na capital federal. “Ontem assistimos a um ato de violência em Brasília. Onde já se viu incendiar um ministério? O problema é que nós temos que bancar as despesas dos estragos, inclusive as taxas sindicais, para uma manifestação de baderna. Não podemos pagar essa conta. Devemos reivindicar com tranquilidade, fazer de maneira ordeira. Parabéns a Michel Temer pelas medidas tomadas”.

Apoio do PSDB a Temer
No horário reservado aos partidos, Serafim Venzon ocupou a tribuna da Casa para reforçar a posição adotada pelo PSDB catarinense de apoiar o Governo Temer. “O PSDB tomou uma posição de cautela para dar sustentação ao governo de Michel Temer. O que se quer é preservar aquilo que temos de mais valoroso: nossa economia e nossas instituições. Maior do que os partidos é a nação brasileira. E o caminho não é destruindo, como ocorreu nas manifestações de ontem.”
O parlamentar também se manifestou favorável às reformas trabalhista e previdenciária. “As reformas que estão sendo feitas – trabalhista, terceirização, previdência – são, infelizmente, vistas por alguns como contra o trabalhador, mas podem ser vistas como boas. Acho que serão muito importantes no futuro para as pessoas menos favorecidas.”

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