"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Moção de repúdio à violência contra manifestantes da CNTE na Câmara dos Deputados

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4 milhões de trabalhadores/as que atuam nas escolas públicas do país, REPUDIA com veemência as agressões verbais e físicas desferidas por parlamentares e agentes da polícia parlamentar durante a sessão de votação do parecer da PEC 241, dia 6/10, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Além dos insultos de parlamentares dirigidos a manifestantes da CNTE – sugerindo que os/as professores/as e funcionários/as da educação filiados a sindicatos de base da Confederação recebiam dinheiro para protestar –, merece especial repúdio a agressão física desferida por agentes da polícia parlamentar contra o professor Carlos Guimarães, da APEOESP-SP e coordenador do Coletivo de Juventude da CNTE, que o fez perder os sentidos e ser medicado no ambulatório da Câmara.
A postura grosseira dos parlamentares e a violência de seus seguranças brucutus revelam o nível desqualificado do Congresso Nacional brasileiro, que tem surrupiado direitos do povo, a toque de caixa, antes que a massa da população acorde para o que está acontecendo no país.
O movimento sindical, pelo menos até o presente momento, tem o direito e o dever de protestar sempre que os interesses das categorias de trabalhadores estiverem sendo ameaçados. E há décadas que o governo federal e o parlamento da República não investem com tanta força e amplitude contra direitos dos/as trabalhadores/as e da sociedade, devendo, sim, essa agenda retrógrada e entreguista ser questionada e denunciada ao povo.
O golpe institucional avança no Brasil não apenas no desmonte do Estado. Ele está presente na censura ao debate público no parlamento, na ignorância de parlamentares que desrespeitam cidadãos/ã, na violência gratuita de agentes públicos a manifestantes dentro do próprio Congresso, no cerceamento ao direito de manifestação. A verdade é que vivemos dias de horrores não muito distantes de um estado de completa exceção.
A CNTE e seus sindicatos filiados não se intimidarão com a violência e a repulsa do Congresso em discutir matérias de interesse da sociedade e dos trabalhadores, e desde já anuncia que estará novamente presente no parlamento, na próxima semana, para tentar impedir a votação final da PEC 241 (PEC da morte!) no plenário da Câmara dos Deputados.
 
 

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