"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



terça-feira, 13 de setembro de 2016

Nota Pública do SINTE/SC: A valorização dos trabalhadores em educação não fez parte da discussão do IDEB 2015

A valorização dos trabalhadores/as em educação das escolas brasileiras não consta na avaliação do IDEB de 2015, inclusive, contém vários limites, sendo assim, os resultados não poderiam ser diferentes, ou seja, é desanimador, principalmente, no ensino médio. Entretanto, essa avaliação não leva em conta as questões estruturais, a formação docente e o salário dos trabalhadores/as.
O governo de Santa Catarina tem demostrado grande incompetência, nos últimos anos, pois não consegue fazer com que o índice do ensino médio possa ser alcançado. Essa é a demonstração de falta de diálogo com os trabalhadores/as e uma relação com os estudantes. Não adianta o governo falar em educação, e não fazer nada na prática.
As políticas públicas da rede estadual tem que dar conta de propor soluções, principalmente, para o ensino médio, que, já no IDEB de 2013, Santa Catarina não alcançou a meta, que era de 4.0, ficando em 3.6. Em 2015, a meta era 4.4, e ficou em 3.4. Está demonstrado, pelos números apresentados pelo IDEB, que o ensino médio, em Santa Catarina, deve mudar, e essas mudanças passam pela valorização dos/as professores/as, pela pesquisa pedagógica e politicas públicas efetivas à educação.
As escolas não podem ficar no passado, devem mobilizar toda comunidade, fazendo discussões, para colocar em prática a reorganização escolar, pois há a necessidade de uma nova pedagogia. É preciso criar um ambiente onde o/a trabalhador/a e o/a educando/a se sintam valorizados, ou seja, deve-se criar um ambiente onde o estudante queira aprender. A educação não se faz apenas no discurso; necessitamos de uma solução estrutural.
O ensino médio apresenta muitas dificuldades e o governo estadual deve buscar uma saída concreta, para essa etapa da Educação. Nesse sentido, não concordarmos com o modo como que são feitas essas avaliações, em larga escala, pois são insuficientes para avaliar a educação como um todo. É importante dizer que, muito mais do que quantificar a educação, devemos qualificá-la. Por isso, deve-se levar em conta a situação socioeconômica das famílias, as políticas de valorização dos profissionais, as condições de infraestrutura das escolas e os aspectos físicos adequados para acessibilidade aos equipamentos e materiais didáticos que garantam a qualidade social da Educação.
Para garantir o direito à educação, a todos, com qualidade social, é necessário que os estudantes compreendam o que estão aprendendo, e como estão sendo avaliados. Os índices do ensino médio de Santa Catarina têm se mantido abaixo das metas estabelecidas, e ainda houve regressão. Não podemos aceitar as avaliações em larga escala, onde apenas se codificam os resultados e se avalia o desempenho em duas áreas, que são a leitura e o cálculo. As metas não são atingidas, no ensino médio, por que falta, efetivamente, que a educação catarinense seja tratada como política pública de Estado, e não de governo.

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