"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



sábado, 20 de dezembro de 2014

SINTE/SC cobra da SED o pagamento das rescisões dos ACTs ainda em 2014

O SINTE, nos últimos dias, recebeu informações, notícias e denúncias de trabalhadores ACTs, de diversas regiões do Estado, de que os pagamentos das rescisões dos trabalhadores/as temporários, referente a 2014, seria pago apenas em fevereiro de 2015.
O Sindicato, através de seu Coordenador Estadual, Luiz Carlos Vieira, entrou em contato com a Gerência de Pessoal da Secretaria de Educação, para esclarecer os fatos e solicitar a remuneração ainda este ano. Segundo a gerência, o governo fará uma folha de pagamento suplementar, ainda em dezembro, para honrar o pagamento das rescisões.
O SINTE/SC está atento e continua na luta para garantir os direitos de todos os trabalhadores/as em educação de Santa Catarina.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ensino Médio tem que educar também para a cidadania

Segundo as metas apresentadas pelo Secretário de Educação, Eduardo Dechamps, a preocupação com as necessidades do mercado é uma das prioridades do governo do Estado, ao expor os objetivos para a educação 2015 (DC 12/12/2014). A preocupação com o alto índice de reprovação, que saltou de 10%, em 2013, para 30% em 2014, de acordo com o secretário, se deve ao projeto de aceleração implantado para corrigir as distorções entre idade e série, nos últimos anos, do Ensino Fundamental.
Em nossa opinião, a reflexão que precisamos fazer a respeito do assunto é sobre o modelo adotado, que não leva em consideração o ritmo de aprendizagem, que difere de pessoa para pessoa, deixando para corrigir as distorções ,no final do Ensino Fundamental, ao invés de corrigi-las durante o processo de aprendizagem, sem nenhuma preocupação com a educação integral do/a educando/a. A educação não pode ser concebida apenas para atender a demanda do mercado, pois educar é um ato de convivência social, e tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição.
A formação política e cidadã tem na escola um espaço privilegiado, que deve propor caminhos para reflexão e tomada de consciência que levem a mudança de atitude diante dos desafios que a vida irá colocar no caminho de cada um/a. Isto certamente levará as pessoas a entenderem seus direitos como também seus deveres e certamente, se refletirá na qualidade de vida de cada um, fortalecendo a democracia, pilar que deve sustentara sociedade, pela qualidade de seus indivíduos, sem levar em conta sua raça, religião, ideologia ou patrimônio.
A educação não pode preparar apenas para o mercado, pois estará fadada ao fracasso, pois este é um erro histórico que já cometemos, na década de 60, com a reforma de ensino, proposta pelo programa MEC/USAID. O “documento básico foi organizado em torno da ideia do desenvolvimento econômico, na linha dos novos estudos de economia da educação, que consideravam os investimentos no ensino como destinados a assegurar o aumento da produtividade e da renda. Em virtude disso, a própria escola primária deveria capacitar para a realização de determinada atividade prática; o ensino médio teria como objetivo a preparação dos profissionais necessários ao desenvolvimento econômico e social do país; e ao ensino superior eram atribuídas as funções de formar a mão-de-obra especializada requerida pelas empresas e preparar os quadros dirigentes do país” (Souza, 1981, p. 67-68).
As consequências desse acordo ainda estão sendo sentidas na educação, pois, apesar da aprovação da nova LDB, as mudanças não mudaram muito. A realidade e a prática pedagógica das escolas se vêem reféns de projetos duvidosos, implantados pelos governos estaduais e municipais, mantendo altos os índices de aprovação, sem levar em conta a necessidade de atendimento diferenciado aos/as alunos/as que apresentavam dificuldade de aprendizagem, sem esperar para corrigir as distorções, quando elas já eram grandes demais para serem feitas num curto espaço de tempo. Universalizamos o acesso, mas não primamos pela qualidade.
Lembramos, também, o papel das Universidades, as responsáveis pelos cursos de formação de quem atua na Educação Básica, que é bastante ineficiente, pois a maioria delas não consegue dar uma formação adequada a estes/as profissionais, e deixam muito a desejar, enquanto entidade. Esta é uma realidade que só deverá mudar, com amplo pacto entre sociedade e governo, abrindo o leque de discussão com todos os segmentos que dela fazem parte, para que se pense numa educação, não só para o mercado, também para a cidadania.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Orientações do SINTE/SC à escolha de vagas dos ACTs/2015

Nos dias 10, 11 e 12/12, ocorre a escolha de aulas para os/as professores ACTs, em todo o Estado. Esperamos que, este ano, não ocorram os problemas que costumeiramente ocorrem durante a escolha, tais como:
Local inadequado e com pouca ventilação;
Falta de água;
Falta de profissionais da saúde, para atender as pessoas que passam mal, devido ao calor e ao longo tempo de espera, especialmente, para as grávidas;
Sistema de som ineficiente;
Falta de telões com as listas de chamada, para facilitar a consulta, dando mais transparência ao ato de escolha;
Mudança de horário das disciplinas, no dia da escolha, deixando sem tempo necessário, para que os/as professores/as possam tomar conhecimento da alteração.
Orientamos também que:
As Regionais tenham em mão o edital, e observem qualquer alteração que possa ocorrer;
Levar água e lanche;
Qualquer problema que ocorrer, entrar em contato com os representantes do SINTE Regional, que estarão de plantão no local.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

SINTE e demais entidades apresentam emendas ao PEE na reunião do Fórum Estadual de Educação

Aconteceu, na tarde de quarta-feira passada (03/12), no auditório da Secretaria da Educação, a reunião do Fórum Estadual da Educação. O objetivo do encontro foi a entrega das proposições e emendas ao Plano Estadual de Educação, elaborado por várias entidades da sociedade civil. São elas: SINTE/SC, CUT/SC, UGT/SC, FETRAM, Campanha Nacional pelo Direito a Educação, FETRAF/SC, MST/SC e Instituto ROMA.

Representando o SINTE/SC, estavam presentes Aldoir Kraemer, Secretário de Assuntos Educacionais e Culturais, Carlos Alberto Lopes, Secretário Geral, Evandro Accadrolli, Secretário de Formação Política e Sindical e Anna Julia Rodrigues, Secretária Adjunta de Organização e Interior e Secretária Geral da CUT/SC.

Veja o texto e as propostas na íntegra, abaixo:
 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Matéria do DC anuncia que governo dará “Bolsas de Estudos” aos professores para mestrado e doutorado

A recente matéria publicada pelo Diário Catarinense, dando conta do anúncio feito no dia 15 de outubro, sobre o edital que garante licença remunerada, e não bolsas de estudo aos/as professores, para cursarem mestrado e doutorado, demonstra que o governo, além de estar muito atrasado em relação ao assunto, o número oferecido é simplesmente ridículo. Vejamos por que:

1- Se tomarmos como base a número de profissionais da rede, que chega a quase 50 mil, o percentual a ser atingido é ínfimo.

2- Os critérios estabelecidos, para que o projeto, para frequentar mestrado ou doutorado, seja aprovado, limitam grandemente a possibilidade de participação da maioria dos profissionais da educação.

3- A aprovação do/a candidato/a só ocorrerá, após avaliação da direção da escola e da SED, dando margem a beneficiar os/as profissionais que tenham uma relação mais próxima com as direções das escolas, o que, provavelmente, deixará de fora muitos bons projetos.

4- Um dos critérios é o número limitado de faltas, o que não leva em conta as Assembleias e mobilizações da categoria, punindo os/as que lutam por seus direitos.

5- Os profissionais que conseguiram cursar mestrado ou doutorado, no período anterior a este decreto, só o conseguiram, apelando à via judicial, pois a licença, um direito garantido pela LDB, estava sendo negada pelo governo.

6- Mesmo que o número de vagas aumente, de acordo com o secretário Deschamps, este número não ultrapassará a dois mil, o que equivale a aproximadamente 10% dos profissionais efetivos do Estado, que chega ao número de 22 mil (professores e consultores educacionais), o que não vai qualificar a educação no Estado. Vale lembrar que os trabalhadores/as ACTS não têm direito a concorrer a uma vaga para qualificação.

7- Se levarmos em conta o percentual de profissionais com mais tempo de carreira, que fizeram mestrado e doutorado, antes da normativa do governo, que impediram a frequência destes cursos de formação, e se encontram em vias de se aposentar, verificaremos que a oferta de vagas não vai cobrir sequer a saída destes/as profissionais.

8- O achatamento da tabela salarial aproxima quem tem mestrado ou doutorado de quem está iniciando a carreira. Assim, o percentual entre um nível e outro é muito pequeno, e não estimula o esforço e o investimento que será necessário para fazer o curso.

9- O governo propõe aumentar para 75% o número de pós-graduados, que atualmente está em 60%, ou seja, a contribuição real do governo, na qualificação destes profissionais, será de apenas 15%, em 10 longos anos. É preciso lembrar que esses/as 60% de profissionais fizeram sua formação sem estímulo algum, por parte do governo, pois esses cursos foram pagos, e ninguém conseguiu se licenciar para cursá-los. Se levarmos em conta o achatamento da tabela salarial, será necessário um longo período de tempo, para que tenham algum retorno de seu investimento.

Com relação à Proposta Curricular, é necessário que se deixe claro que não foi todo o magistério catarinense que discutiu e estudou tais propostas. Os 8 mil educadores que participaram do processo, conforme afirma o governo, não estão em sala de aula. Grande parte possui cargos comissionados, funções gratificadas (gestores), ou atuam dentro da Secretaria de Educação, e em outras funções, no governo do Estado. Foram selecionados ainda “especialistas” das diversas áreas do conhecimento, grande parte professores universitários. O que pode ser visto na foto dos sorridentes gestores clicada pelo DC:

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SINTE recebe resposta da SED sobre proposta global e calendário escolar 2015

O SINTE/SC recebeu, ontem (02/12), pelos Correios, os ofícios da Secretaria da Educação, que respondem as solicitações do Sindicato, também enviadas através de ofícios, que pediu cópia integral da “Proposta Global de Revitalização do Plano de Carreira do Magistério”, e audiência, em caráter emergencial, para deliberar sobre a pauta de reivindicações aprovada na Assembleia Estadual, em 12/11, bem como requerimento de audiência para tratar do calendário escolar de 2015.

Plano de Carreira e Audiência Emergencial
Sobre estas questões, a SED informou que está aguardando o posicionamento do governo acerca dos encaminhamentos em relação ao mandato que se encerra, pois poderá haver mudanças na Secretaria. Somente após a definição, pretende organizar uma agenda formal de discussão com o sindicato.
Quanto à pauta de reivindicações, a SED afirma que aguarda as definições acima citadas e o índice de reajuste do valor do Piso Nacional do magistério, para fechamento de uma proposta, esta que será colocada em discussão com a categoria para posterior encaminhamento de projeto de lei.
Veja ofício abaixo com os demais questionamentos feitos pelo SINTE/SC:

Calendário Escolar 2015 Como já esperávamos, pois acontece todos os anos, sobre o pedido de audiência e possível alteração do calendário escolar 2015, proposta pelo SINTE/SC, respeitando a autonomia das escolas e suas atividades regionais, a SED afirma que, em conversa com a Diretoria de Educação Básica e Profissional, fica inviabilizada qualquer alteração no calendário. O ofício fala ainda sobre os concursos de ACTs e sua contratação e sobre a possibilidade de ser repensado o “Exame Final” para 2016. Veja ofício abaixo: